11/03/2012

Cranberry - Fruto do futuro

Desde Agosto de 2012 a UNIT representa com exclusividade aqui no Brasil a empresa norte-americana Ocean Spray. Trata-se da maior fornecedora de ingredientes de cranberry em todo o mundo com um share de 60% nesse segmento. 
A Ocean Spray é uma cooperativa de aproximadamente 600 produtores de cranberry localizados no sul do Canadá e norte dos EUA, com faturamento anual de app USD 2 bilhões, dos quais USD 165 milhões são exportações de ingredientes de cranberry para 53 países.



A cranberry é uma fruta típica da América do Norte, riquíssima em substâncias antioxidantes (polifenóis), vitamina C e fibras que em conjunto atuam para prevenir infecções (principalmente infecção urinária) e beneficiar os sistemas cardiovascular e digestivo. Sendo a fruta mais pesquisada cientificamente em todo o mundo, a cranberry conta com centenas de estudos clínicos e pesquisas comprovando tais propriedades. 



Os campos de cranberry são chamados de BOGS e curiosamente são alagados no Outono, na época da colheita. A cranberry é a única fruta colhida com essa tecnologia. A colheita da cranberry é uma atração turística nos estados produtores, sendo o maior deles o de Wiscosin.



Aqui no Brasil, estamos comercializando (através de importadores homologados) os seguintes produtos : suco concentrado de cranberry (50 e 65 brix), polpa integral de cranberry (purê), pó de cranberry e cranberry adoçada e desidratada (Sweetened and Dried Cranberries).

As Sdcs são ingredientes perfeitos para forneados (cookies, panetones, muffins, etc), cereais (cereais matinais, barras e granolas), chocolates, sorvetes e laticínios (iogurtes).  

         

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johnlaurino@gmail.com 

7/27/2012

Ocean Spray's online trading event

Tradeshow Event September 18-20 2012
Tradeshow Event September 18-20 2012
Tradeshow Event September 18-20 2012
CRANBERRIES DESEMBARCAM NO MERCADO BRASILEIRO
Temos o prazer de convidá-los a nos visitar durante a Food Ingredients South America (http://fi-southamerica.ingredientsnetwork.com) , feira de negócios especializada em ingredientes para as indústrias de bebidas e alimentos a se realizar em São Paulo no Expo Center Norte de 18 a 20 de Setembro de 2012. Nosso estande será o B10 no corredor 2.
A Ocean Spray é a maior fornecedora de CRANBERRY em todo o mundo e agora busca alianças estratégicas com distribuidores de ingredientes e fabricantes de produtos alimentícios interessados nessa fruta tão especial. Contamos com uma variada linha de produtos para aplicações nos segmentos de panificação, laticínios, sorvetes, barras de cereais, snacks naturais e muito mais !
Contato com John Laurino / johnlaurino@gmail.com / 11-99368616.
Craisins and Muffins
Tradeshow Event September 18-20 2012

1/27/2012

Mercado do Mel em 2012 - Annual Paper


O ano começou com incertezas significativas sobre o comportamento dos preços no mercado internacional em 2012. Sabe-se que os principais países importadores de mel (EUA e Alemanha) vivem momentos complexos com diferentes elementos pressionando os preços ora para cima ora para baixo. Nesse sentido, será prudente trabalhar com um cenário de muita volatilidade nas cotações ao longo de todo o ano, em especial de Fevereiro a Maio quando as safras no Hemisfério Sul estarão em fase de definição.
A situação europeia  é complexa e traumática para o mercado haja vista a impossibilidade do estabelecimento (no curto-médio prazo) de uma marco regulatório estável e universal quanto aos testes necessários e suficientes para determinar que lotes são livres de pólen oriundos de organismos geneticamente modificados e quais não o são. No presente momento cada importador determina, com critérios internos, qual sequência de testes deverá ser seguida antes dos embarques sem no entanto garantir  ao exportador que a operação estará livre de contingenciamentos aduaneiro-sanitários, mesmo após a aprovação das amostras representativas dos lotes a serem embarcados. Ou seja, há uma insegurança operacional importante em qualquer embarque para a UE, em especial para a Alemanha. Inglaterra e Espanha parecem ter um entendimento menos burocráticos quanto ao tema GMO o que todavia não elimina o risco de contingenciamentos. Ao mesmo tempo, nesses dois países é cada vez maior a importação de mel chinês, deprimindo as cotações.
A questão “GMO” é apenas a cereja do bolo para um mercado já reconhecido por outros obstáculos técnicos como o HMF, alcalóides (PA) e resíduos. Em suma, exportar para a UE pode ser vantajoso em alguns segmentos (especialmente para o LA orgânico) em termos de preço FOB, porém o risco operacional maior deve ser contemplado.  Adicionalmente, deve-se ter em conta o aspecto macroeconômico : nos próximos anos, a eurolândia padecerá sob uma pesada restrição orçamentária, desemprego e taxas de crescimento pífias (ou mesmo negativas..), afetando obviamente a demanda agregada em todos os países, respingando também no nosso setor.
O imbroglio europeu (“euro´s mucking fuddle”) resultou num excesso de oferta aos importadores americanos e isso explica a queda nas cotações desde Outubro de 2011.  Os preços hoje estão de 8% a 15% menores , dependendo da faixa de cor e tipo do mel (orgânico ou convencional). Países que tradicionalmente exportavam concentradamente para a UE (América Central, Chile, México) despejaram ofertas a preços sequencialmente menores nos EUA, movimento que começou assim que acabou a Apimondia em Buenos Aires. A onda de ofertas foi aumentando à medida que as várias reuniões entre importadores, associações e autoridades europeias não resultavam em avanços práticos quanto aos procedimentos de verificação da presença de pólen GMO nos méis. Além disso, a Argentina fechou o ano carregando um estoque estimado em até 20 mil toneladas... Ou seja, os argentinos podem ter virado o ano com um “Brasil” nos galpões.
Ao mesmo tempo, há três elementos que em tese empurrariam os preços para cima nos EUA : a demanda firme por méis (principalmente para uso industrial), a decepcionante safra em 2010/2011 e os crescentes constrangimentos ao fluxo de importação de mel chinês via operações triangulares com outros países (India, Vietnam, Indonesia, Malásia, Filipinas, Tailândia).
Nesse momento as perspectivas na Argentina/Uruguai são incertas. Após um período de estiagem nas principais regiões produtoras, as chuvas das últimas três semanas mudaram um pouco o ânimo dos apicultores. No Brasil, a safra da região Sul foi certamente impactada também pela seca porém as perspectivas no Piaui/Ceará são boas para o 1o semestre. Devemos ter ao menos a mesma perfomance de 2011 com cerca de 20-25 mil toneladas exportadas salvo algum evento climático extraordinário. India e Vietnam estão também em fase inicial de safra e serão determinantes, principalmente para a formação de preços do mel Light Amber (max 85mm).
O segmento orgânico continuará crescendo, porém sob diferenciais de preço bem menores daqueles observados em 2011.
A chave para 2012 será estimar a intensidade de cada uma dessa forças. De todo modo, não será um ano para grandes especulações e movimentos espetaculares. Eu sugiro uma estratégia conservadora, com baixos estoques e giro rápido dos méis. Sugiro também para aqueles que quiserem acertar mais e errar mais rápido que vendam seus méis com o @honeybroker !



John Laurino – johnlaurino@gmail.com

9/28/2011

Apimondia Talks @Honeybroker


Após uma semana de conversas com traders, brokers, packers e importadores, ainda pairam no ar dúvidas sobre os desdobramentos do novo marco regulatório sobre a comercialização de méis na Europa, após a controversa decisão de 6/setembro (Caso GMO). Em 23 de Outubro haverá uma nova reunião em Bruxelas para a discussão do assunto ainda indefinido.
O preço do mel e a taxa de câmbio nos preocupam porém o aspecto macroeconômico global emana como um significativo elemento aos planos de negócios de todas as empresas.
Temos vivenciado turbulências nos mercados de crédito e de câmbio, impactando os preços de ativos reais e commodities. O inevitável esfriamento do mercado de crédito na Europa e a conseqüente desalanvacagem financeira dos bancos (e por tabela das empresas e famílias) reduzirá sobremaneira o crescimento potencial das economias européias nos próximos anos e infelizmente provocará uma recessão  no curto prazo, cuja magnitude ainda se desconhece, porém já alarma analistas de leste a oeste. Os EUA continuam patinando ou como dizem meus colegas de mercado “andando de lado”, porém é inegável que a natureza da crise de 2008 e o persistente nível de desemprego produziram uma mudança profunda nos hábitos das famílias/consumidores (mudança na curva da “renda permanente”) e principalmente nas expectativas em relação às taxas de retorno dos investimentos.  Portanto a despeito da sua posição de liderança em relação à inovações tecnológicas e aumento da produtividade, vejo que a economia norte-americana será tendencialmente poupadora de mão de obra, gerando pressões sociais e um desconforto crescente no ambiente político. A maior instabilidade geopolítica no Oriente Médio e a crescente importância da China como lastreadora dos deficits externos das economias “centrais” são apenas a cerejas em um bolo cravejado de cápsulas de cianeto. Eu concordo com o diagnóstico do Sr Attila Szalay-Berzeviczy (Unicredit Global Securities e ex-presidente da Bolsa de Valores de Budapeste) para quem o Euro está com os dias contados como reserva de valor e moeda comum na UE. Não é razoável imaginar que a Alemanha continue pagando indefinidamente a conta da irresponsabilidade fiscal de gregos, italianos, espanhóis, portugueses, irlandeses, etc... É um jogo cujo desfecho não terá vencedores pois a Alemanha depende muito das exportações de produtos acabados e de alto valor agregado para todos estes países.  No entanto, “in the end of the day” é o fator político que determinará a eventual derrocada do Euro como moeda comum.
Apesar do mel ser pouco elástico à renda e ao preço em comparação com outros produtos, não podemos negar que :
1)      a reversão das expectativas sobre o desempenho das economias centrais impactará o plano de compras tanto da indústria como do varejo;
2)      as exportações de mel envasado da Alemanha serão obviamente atingidas pelo “caos” creditício que começa a se abater sobre a Europa;
3)      o fluxo de exportações de mel para a Europa será negativamente impactado pelo novo marco regulatório (GMO), independentemente de quais procedimentos sejam adotados. Consequentemente, haverá uma oferta tendencialmente mais elevada nos EUA;
4)      Há um estoque de mel na Argentina de app 20 mil toneladas de mel (safra 2010).

Estes elementos fortalecem a crença num cenário de preços declinantes nos EUA, pelo menos até o começo de 2012 quando se iniciará a nova safra na Argentina e quando espera-se ter um melhor entendimento da nova dinâmica das exportações para a UE.
Por outro lado, o fluxo de mel chinês “circumvented” nos EUA está diminuindo cada vez mais e a solidificação do programa True Source Honey contribuirá de modo essencial para o futuro encerramento destas operações ilegais que, neste ano, deve ter colocado nos EUA cerca de 40 mil toneladas de mel. Esperam-se para as próximas semanas anúncios de prisões de vários indivíduos envolvidos com estas operações nos EUA. Nesse sentido, é razoável supor que em 2012 haverá uma necessidade maior de méis “legítimos” nos EUA, o que certamente colocará uma pressão nos níveis de preço de todas as classes de méis, especialmente ELA e LA.
Como sempre, acertar (ou errar pouco) o “quanto” e “quando” serão os elementos determinantes para a definição de estratégias vencedoras, mesmo em um cenário de preços declinantes no curto prazo. É isso.

@honeybroker 

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9/13/2011

Semillas de Forrageras

Estamos muy honrados de tener la confiança de la empresa brasileña SELEGRAM para el desarollo de su projecto de internacionalizacion de ventas. SELEGRAN tiene una história de 30 años en lo mercado de semillas i ahora pretende, através de una parceria comercial con UNIT, estabelecer alianzas estratégicas con distribuidores en todo el continente americano. Visite el sítio de la empresa : http://www.selegram.com.br
Contacto para exportaciones : johnlaurino@gmail.com

4/15/2011

Brain Storm Comigo Mesmo : EMPRESAS



As empresas refletem um conjunto de valores morais, sociais e comportamentais de seus fundadores e/ou acionistas. Quão menor a escala do empreendimento , maior a influência destes valores e o impacto dos mesmos na história da empresa. Esse conjunto de valores é dinâmico e se ajusta à medida em que o tempo passa e as gerações se sucedem.
Invariavelmente, empreendedores buscam lucrar economicamente com seus projetos e negócios. No entanto, há outras variáveis, difíceis de se avaliar, que também fazem parte do leque de objetivos ou elementos que motivam um empreendedor a criar ou manter uma empresa : desejo de alcançar prestígio social, preservar o  meio-ambiente, ter poder político em uma região ou simplesmente sobressair-se a um irmão na disputa sucessória.
Ou seja, do mesmo modo que nem sempre contratamos os melhores currículos e optamos pelo candidato mais “desembaraçado” ou com quem tivemos mais empatia, nem sempre uma decisão empresarial é racionalmente “calculada” tendo-se em vista apenas entradas e saídas de caixa ou o balanço patrimonial da empresa.  
O problema ocorre quando a personalidade do empreendedor é de tal forma impregnada de vícios e vaidades que conduz a uma série fatal de decisões que acabam por solapar o potencial de crescimento ou sobrevivência da empresa. Por exemplo, faz sentido econômico uma empresa comprometer 40% do lucro anual com despesas de viagem ao exterior ? A resposta óbvia seria “não” para 99% das pessoas. No entanto, se viajar duas ou três vezes ao ano para o exterior e participar de jantares com clientes em Los Angeles faz parte da idiossincrasia pessoal do empresário ou executivo, ele provavelmente encontrará uma justificativa “estratégica” para tal disparate.
Costumo dizer que as empresas são “pessoas”. Se eliminarmos as pessoas de qualquer empresa, o que sobra ? Prédios, computadores, softwares, linhas de montagem, câmaras frias e veículos. Coisas inanimadas que sem o referencial do uso humano não possuem valor. Portanto lidar com empresas significa lidar com seres humanos. Consequentemente, se queremos ser bem sucedidos nessa área, devemos entender ou buscar entender o que nos faz, nós humanos (demasiadamente humanos) felizes ou infelizes, motivados ou apáticos, cooperativos ou sabotadores. Ao mesmo tempo, reconhecer a dimensão humana das empresas implica em abrir mão das construções idílicas e infantis acerca dos sistemas coletivos de trabalho. Ao contrário, devemos usar o conhecimento das fraquezas e vícios das pessoas em nosso favor, ou seja, em favor de um projeto ou negócio. Dito isto, parece ser óbvio que se alguém te ajudou a superar uma crise ou de fato contribuiu para o sucesso de algum negócio, É ÓBVIO que esse alguém espera algum tipo de reconhecimento além do que foi formalmente contratado. Esse reconhecimento pode ser um abraço, um telegrama encorajador, uma garrafa de Chateuax Petrus ou um ingresso para um clássico. Não importa a forma : importa o gesto. O simples conceito de cordialidade pode resultar em mais “lucro” (no longo prazo) do que um financiamento bem negociado ou um contrato recém assinado. Pois contratos são facilmente descumpridos, alterados ou cancelados. Já os vínculos humanos e afetivos, são de difícil dissolução, às vezes indeléveis.
Por incrível que pareça não é tão difícil encontrar empreendedores ignorantes, no sentido de que cognitivamente desprezam a importância dos vínculos humanos para os negócios do dia a dia. Tendo em vista a minha modesta experiência profissional já encontrei diversos tipos de empresários, que consegui classificar (numa lista não exaustiva) como segue abaixo :
1)      Empresário Águia : visionário e instintivo, esse tipo de empreendedor tem objetivos claros e raciocínio acurado. Bom para fazer negócios no curto prazo, erra e acerta de modo rápido e contundente, porém tende a superestimar suas competências no longo prazo o que provoca um desgaste nos relacionamentos e torna os vínculos vulneráveis ao movimento dos “números” e das circunstâncias. Ou seja, o empresário Águia é leal porém não é fiel. Em geral as águias são bem sucedidas e “low profile”. Elas sabem que podem voar alto e portanto não precisam ostentar suas capacidades e recursos. Sempre deixam ensinamentos (nem sempre positivos) e mesmo após uma decepção causada, costumam deixar saudades. Ás águias fluem de um ramo para outro com facilidade, aprendem rápido e são maleáveis.

2)      Empresário Jumento : limitado cognitivamente é aquele quem (como uma tartaruga em cima de um poste elétrico) nos leva a especular sobre quais sortes e circunstâncias fizeram de tal criatura um empresário. Com intensa vivência nos respectivos segmentos, são em geral inseguros e avessos ao risco. Procuram cercar-se de familiares, amigos e compadres, privilegiando a proximidade em detrimento do talento. São em geral vulneráveis a opiniões de terceiros e pouco afeitos a estratégias e concepções de longo prazo. Vivem o dia-a-dia, centralizando quase todas as decisões e a gestão sobre os processos de trabalho. Ao mesmo tempo em que são doces com os compadres e familiares no âmbito interno, podem ser extremamente cruéis e desleais com os “estranhos”. Fazer negócio com um jumento é bom enquanto você tiver estômago para alimentar a necessidade de autocomiseração típica deste perfil.   Certamente você não terá saudade de jumentos que passaram pela sua vida mas mesmo assim você pode ganhar um bom dinheiro com eles.

3)      Empresário Rato : inteligentes e agressivos, os empresários ratos estão sempre atentos à oportunidades. O longo prazo não existe para os ratos, vale o “hoje”, portanto não queira discutir muitos planos com eles. Sonegar impostos é um hobby e não se surpreenda se algum deles declarar isso em público, até para estranhos. Empresários ratos não medirão esforços para alcançar seus objetivos mesmo que isso implique em cometer alguns pequenos delitos. Em geral os ratos são pessoas radiantes, cheios de energia e oratória espetacular. Contratos para os ratos são folhas de papel rabiscadas : você pode reconhecer um rato quando a cláusula de penalidade por inadimplência é aquela sobre a qual se gasta mais tempo e energia na negociação. Por sorte, os ratos passam muito rápido por nossas vidas, não costuma dar tempo de aprender nada com eles.

4)      Empresário Porco : persuasivos e intrigantes, os empresários porcos são uma espécie em extinção. A velocidade e facilidade através da qual as informações fluem hoje em dia são o maior inimigo deles. Falsificando, fraudando materiais e desaparecendo de cena, os porcos vivem mudando de endereço e são em geral super endividados. Mais comum na área dos serviços, os porcos não “são” empresários apenas “estão” empresários até quando possível.

Empresário Cachorro : de estilo amável e polido, o empresário é bem quisto por todos. Sabe dividir e em geral preocupa-se com o meio ambiente e com aspectos sociais de seus negócios. Amado pelos bancos, paga suas dívidas em dia e fica feliz quando recebe cartões de Natal de seus fornecedores. Não gosta de conflitos e em geral é um exímio negociador. Respeita contratos e paga todos os impostos. Ao defender-se, pode ser agressivo e às vezes letal.  Sabe delegar, porém cobra seus subordinados de modo impiedoso. Excelentes clientes, os cachorros deixam marcas e em geral viram “amigos”. Os cachorros tem um apego muito grande ao que construíram, zelando portanto pela imagem e reputação de suas empresas.

3/04/2011

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2/09/2011

Setor Apícola : Desafios Atuais para o Brasil.


Desde o começo das exportações de mel brasileiro em 2001 temos conquistado o respeito dos principais compradores internacionais que hoje já projetam o Brasil como um player relevante no mercado, principalmente no segmento de produto certificado (orgânico e social). Apesar da ainda pequena escala das exportações brasileiras de mel (apenas 18 mil toneladas em 2010)já somos os maiores fornecedores de mel orgânico do planeta (acredito que 40% das exportações em 2010 tenham sido de mel certificado) e, tendo-se em vista o imenso potencial de crescimento da produção, o Brasil figura como país importante na definição da dinâmica comercial e planos estratégicos dos grandes compradores.

Em nosso favor temos a natureza : abelhas resistentes à doenças (e portanto pouco ou nenhum uso de antibióticos nas colméias), biodiversidade (dezenas de tipos de méis diferentes), produção contínua durante o ano todo (safras alternadas no Nordeste e no Sul/Sudeste) e isolamento geográfico dos pastos apícolas (o que torna a maioria do mel brasileiro elegível para a certificação orgânica). Adicionalmente, contamos com uma população de apicultores relativamente jovens e motivados, em geral receptivos à novas tecnologias e treinamentos. Em virtude do baixo investimento inicial necessário a apicultura tornou-se uma via rápida de geração de renda em regiões menos desenvolvidas como o semi-árido nordestino por exemplo. Há apoio oficial para a atividade apícola que é politicamente bem vista e geradora de prestígio local. Finalmente contamos com extensa fonte de conhecimento no âmbito acadêmico e pesquisas de campo em curso nas principais universidades e centros de técnica rural.


Estaríamos nós então voando em "céu de brigadeiro" ?  A despeito das vantagens e condições favoráveis citadas acima, há alguns desafios os quais o setor não poderá se esquivar de enfrentar :


1) Burocracia : existe a perspectiva de criação de um departamento específico para a apicultura na estrutura do Ministério da Agricultura. É sabido que os inspetores do MAPA atualmente responsáveis pela fiscalização do setor apícola carecem de treinamento e conhecimento técnico específico na matéria já que são oriundos de segmentos mais tradicionais como a pecuária, pesca, laticínios, etc. Portanto, ao se definir um departamento dedicado à apicultura, haverá um natural aperfeiçoamento das atividades de regulação e fiscalização do setor. É esperado também o aumento do efetivo disponível para realizar atividades de campo (fiscalização) o que ajudará também a melhorar o fluxo operacional dos entrepostos e cooperativas com a homologação de mais unidades de extração primária.


2) Estratégia Interna : vejo muita gente investindo tempo e dinheiro em projetos para exportação de mel fracionado (envasado em embalagens para o consumidor) e pouca gente tentando melhorar a produtividade das nossas colméias. O problema do Brasil hoje não é vender o mel já produzido mas sim produzir mais para aumentar a escala e a importância do Brasil no mercado mundial. Ao mesmo tempo, considero uma aventura "disneylândica" projetos de venda de mel fracionado no exterior. Exportar produtos para o consumidor implica em consideráveis verbas de marketing, estruturas de distribuição e promoção que dificilmente estarão ao alcance de cooperativas de apicultores ou pequenos entrepostos, mesmo que excelentemente assessorados por consultores extremamente preparados. O varejo é um jogo violento. A produtividade média de uma colméia no Brasil está abaixo de 20 kg/ano enquanto na Argentina e nos EUA chega a 50 kg/ano. Se dobrássemos nossa produtividade ainda estaríamos perdendo para muitos países. Então, não seria o caso de se investir nisso ? Há muita gente capacitada e respeitada até internacionalmente que poderia ser melhor aproveitada aqui no Brasil. Dou um exemplo : o Professor Afonso Odério de Limoeiro do Norte é o campeão de produtividade no País, chega a colher picos de 100 kg de mel por colméia em uma safra, com uma média duas vezes superior à nacional (app 40 kg/colméia). Com uma técnica inovadora de multiplicação de colônias e arranjos dos apiários o Professor Afonso Odério tem feito a diferença para muitas comunidades de apicultores no Ceará. Em 2010, em meio a uma das piores secas dos últimos 20 anos, nos apiários monitorados pelo Professor Afonso Odério não houve perda ou enfraquecimento de colônias mesmo SEM ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL através da utilização de técnicas de aproveitamento da própria vegetação do semi-árido. Isso é tecnologia de ponta de valor inestimável, porém pouco divulgada.  Ao mesmo tempo no Rio Grande do Sul muitos apicultores ainda utilizam colméias do tipo "Schenk" que tem um custo marginal de manuseio maior se comparado ao modelo americano (Langstroth) e menor produtividade. 


3) Mercado Interno : desenvolver o mercado interno é uma necessidade estratégica para o setor, assim ficamos menos dependentes dos compradores internacionais e menos vulneráveis a choques adversos de demanda ou de oferta. Nesse sentido, deve-se reforçar iniciativas já em curso para maior aproveitamento da produção apícola pelo mercado doméstico tais como os programas de inclusão de mel nas merendas de escolas públicas e a campanha "meu dia pede mel" liderada pelo Sebrae(http://www.meudiapedemel.com.br). Porém...... E se a campanha der certo, haverá produção para sustentar a eventual demanda ??? Mais uma vez, reforça-se a necessidade de empenho no aumento da produção. O brasileiro consome em média 160 gr de mel per capita enquanto nos EUA o valor é de 620 gr e na Austria 1 kg. O brasileiro ainda considera o mel muito mais um remédio natural do que um alimento. Mudar isso é importante no longo prazo, porém temos que investir também na produção.


4) Diferenciação : o Brasil é um país único em relação à produção melífera. Temos condição de oferecer ao mercado uma variedade enorme de produtos com sabores, cores e aromas diferenciados. No entanto, atualmente o mel brasileiro é, regra geral, vendido como uma commodity, sem qualquer agregação de valor especial em virtude de sua origem. Já alcançamos a condição de fornecedores de méis puríssimos, isentos de resíduos. Não seria a hora de avançarmos e começarmos a criar valor explorando as outras características do nosso produto ? Nosso mel está ligado à nossa gente, às nossas matas ao nosso sertão. Tenho certeza de que há como explorar isso no mercado. É uma questão de vontade e, óbvio,  de recursos. 


5) Certificação Orgânica : a diferença de preço de venda entre o mel orgânico e o convencional impulsionou os entrepostos e algumas cooperativas a iniciarem e/ou ampliarem seus projetos orgânicos nos últimos dois anos. Atualmente quase todos os entrepostos estão certificados como fornecedores de mel orgânico. Como, no campo, o preço de compra é quase o mesmo, independentemente do mel ser certificado ou não, há uma tendência óbvia de excesso de oferta de mel certificado. É o que ocorre hoje com a safra em curso no Piaui por exemplo. O mercado não conseguirá absorver o volume de mel orgânico que estará sendo oferecido pelos entrepostos brasileiros nas próximas semanas, pelo menos não no período de tempo que desejaríamos. Portanto, ou haverá um movimento de flexibilização dos preços de venda para motivar os importadores a comprarem produto para estoque/venda futura ou então teremos que estocar o produto por aqui mesmo até que haja demanda. Alternativamente, em último caso, poderemos ter que vender méis certificados ao preço de mel convencional. Como já escrevi no passado, o mercado de mel orgânico tem um comportamento errático, pouco previsível. Há semanas em que todos os compradores querem comprar ao mesmo tempo mas há semanas em que simplesmente não há procura. Por conta dessa característica, esse segmento de mercado é mais suscetível a variações bruscas no preço; às vezes variações descoladas do que ocorre no mercado de mel convencional (esse sim está "aberto" todo dia, a toda hora). Já passou da hora de adequarmos a equação de custos à realidade do mercado, ou seja, mel convencional não pode custar o mesmo do que mel orgânico, sob pena de criarmos uma armadilha para nós mesmos. Ao mesmo tempo, um entreposto não pode se fiar em vendas apenas de mel orgânico pois isso não será factível nem tampouco sustentável ao longo do tempo, salvo pouquíssimas exceções (operações de pequena escala, selo social, etc) .  A situação atípica que vivemos hoje, ou seja, a excessiva deficiência de oferta de mel no mundo, está contribuindo para mascarar a lógica dos custos e até hoje tivemos a condição real de vender o volume de méis certificados que ofertamos. No entanto estou certo em afirmar que vivemos um momento de inflexão, ou seja, os volumes de mel certificado a serem ofertados no futuro breve estarão em AMPLO descompasso com a demanda. Portanto, "heads up" ! Precisamos entender que, apesar de seu enorme potencial de crescimento, o segmento de mel certificado ainda é um nicho.


É isso.


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John Laurino - johnlaurino@gmail.com
twitter @johnlaurino

2/02/2011

Floranectar´s Export Award

We are pleased to announce our honey supplier FLORANECTAR ( Barretos-SP, Brazil, http://www.floranectar.com.br ) has received the  EXPORTA SAO PAULO AWARD for its perfomance during the year of 2010. Floranectar was the company that presented the biggest foreign sales growth in its segment (bee honey processing). We are honored to be the prime brokers serving Floranectar to the North America market so we would like to thank all our customers who were part of our project last year. So cheers and congratulations to Jose Eduardo Anibal and all colleagues working @ Floranectar !!!!




 

12/09/2010

ABCSEM

Estamos felizes em nos tornar parte da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas - ABCSEM.


www.abcsem.com.br

@seedsbroker