12/29/2006

Melado de Cana




A UNIT inicia projeto com MELADO DE CANA (orgânico e convencional) para atender os mercado norte-americano. Num primeiro momento a empresa busca identificar possíveis fornecedores de melado de cana à granel , a ser exportador para os EUA em ISO tanques. Empresas interessadas podem enviar email para unit_geral@laurino-lopez.com.br com informações sobre o perfil corporativo e produtos disponíveis. Em Fevereiro de 2007 a UNIT estará recebendo o diretor da empresa norte-americana para reuniões com os fornecedores habilitados no Hotel Maksoud Plaza.

12/28/2006

A coragem de cobrar caro (escrito por Stephen Kanitz)





"Se você acha que cobrar caro e ficar rico é politicamente incorreto, doe o adicional ou passe a trabalhar menos e volte para casa mais cedo para curtir sua família"

Meu médico me recebeu todo envergonhado pelo atraso de duas horas na consulta marcada.

"Doutor, eu não estou irritado pela espera porque o senhor é simplesmente o melhor médico do país, e eu não sou bobo. Prefiro esperar a consultar o segundo ou o décimo melhor especialista da área." Isso o tranqüilizou. "Eu só acho triste que o melhor médico deste país esteja cobrando o mesmo preço que os outros, tendo de trabalhar o dobro, sem tempo para estudar e ver a família. Eu, como palestrante que sou, cobro dez vezes o preço desta sua consulta, só que nunca chego atrasado."

Ele concordou e balbuciou a seguinte frase, que me levou a escrever este artigo. "Tenho medo de cobrar mais do que os meus colegas. Eles ficariam com inveja, falariam mal de mim, seria um inferno."

No Brasil, a maioria dos empregados e profissionais no fundo tem medo de pedir um aumento de salário ou de cobrar mais caro. Cobrar mais significa criar um cliente mais exigente, que irá reclamar toda vez que o serviço não corresponder ao preço. Cobrar menos é sempre a saída mais fácil, dá muito menos problemas, menos reclamações, como no meu caso. É preciso ter coragem para cobrar mais e assumir as responsabilidades inerentes. A maioria prefere o comodismo e a mediocridade do "preço tabelado". Só que, se cobrar o mesmo que os colegas menos competentes, você estará roubando clientes deles, e é isso que cria inveja e maledicência. Você estará fazendo "dumping profissional", estará sendo injusto com eles e consigo mesmo.

Eu sei que é difícil cobrar mais caro, mas alguém tem de dar o exemplo, mostrar aos outros profissionais o caminho da excelência, implantar novos padrões, como pontualidade, por exemplo. Você será o guru da nova geração, e a inveja que terão de seu novo preço fará com que eles passem a copiá-lo. E, à medida que seus colegas se aprimorarem, sua vantagem competitiva desaparecerá e você terá de reduzir o preço novamente ou então melhorar ainda mais seus serviços.

Somos essa sociedade atrasada porque, entre nós, cobrar caro, ganhar mais do que os outros é malvisto pelos nossos intelectuais, políticos, líderes religiosos e professores de sociologia. O paradigma de sucesso deles é cobrar pouco. Melhor ainda seria não cobrar, oferecendo de graça ensino, saúde, segurança, cultura, aposentadorias, remédios, comida, dinheiro, enfim. De graça, o povo não tem como reclamar dos péssimos serviços, os alunos desses professores não têm como criticar as péssimas aulas. "De cavalo dado não se olham os dentes." Se alguma coisa a história nos ensina é que o "tudo grátis" traz consigo a queda da qualidade dos serviços públicos, a desvalorização do serviço, o desprezo pelo povo nas filas, a exclusão social, a corrupção e a desmoralização de todos os envolvidos.

O programa Bolsa Escola foi criado no governo do PSDB como uma forma inteligente de incentivar as mães a manter os filhos nas péssimas aulas do ensino público. Quando o estímulo deveria ser aulas interessantes a que nenhum aluno curioso iria faltar. Nós administradores já descobrimos há tempos que refeições grátis para funcionários não são valorizadas, e a qualidade despenca. Por isso, cobramos algo simbólico, 10% a 20% de seu valor. Se o ensino fosse cobrado, em pelo menos 10% do valor, teríamos pais de alunos reclamando do péssimo ensino público e gerando pressão por melhoria e redução de custos. Dizer que nem isso dá para pagar é mentira ? 10% não chegariam a 20 reais por mês. Tem muito pai que faria trabalho extra pelo orgulho de saber que foi ele quem custeou a educação dos filhos, e não a caridade estatal. Se temos falta de recursos em educação, por que não cobrar pelo menos 10% do valor? Seria falta de coragem ou simplesmente vergonha?

Precisamos mudar a mentalidade deste país, uma mentalidade que incentiva a mediocridade, e o medo de cobrar pelos serviços, por óbvias razões. Se você acha que cobrar caro e ficar rico é politicamente incorreto, como muitos professores têm ensinado por aí, doe o adicional pelo meu site www.filantropia.org ou então passe a trabalhar menos, volte para casa mais cedo e curta sua família. Mas não faça a opção pela pobreza, não tenha medo de cobrar cada vez mais. Caso contrário, continuaremos pobres e medíocres para sempre.

12/24/2006

Merry Xmas & Happy New Year

We would like to express our deep appreciation for the continuing professionalism and support from our preferred food ingredients sources in Brazil as follows :



We wish to them and to all other business partners, clients and suppliers, a great new year, full of achievments and joy.

Stela Lopez, John Laurino, Flavia Gerloff.

Formação de Preços no Mercado Internacional de Mel

Em mercados emergentes é comum que as empresas levem algum tempo para avaliar corretamente sua força competitiva vis à vis os concorrentes locais e externos. No Brasil por exemplo, há quem acredite ser possível interferir na formação dos preços internacionais do mel que tem a China e a Argentina como maiores produtores e exportadores. No entanto, o país está aquém desta possibilidade haja vista a pequena escala de produção ainda vigente, cerca de 30 mil toneladas, das quais em 2006 apenas 15 mil devem ser exportadas. Devido ao embargo do produto brasileiro na União Européia desde março de 2006, os EUA vêm sendo o único destino para as exportações de mel brasileiro que representa menos de 10% da pauta global de importações do produto nesse país. Somente de Janeiro a Outubro de 2006, os EUA já haviam importado 103 mil toneladas de mel, sendo o Brasil responsável por 8 mil (8%). No mesmo período, a China exportou 28 mil toneladas (27%) e a Argentina 24 mil toneladas (23%). Mesmo países como Índia (10 mil toneladas) e Vietnam (12 mil toneladas) têm apresentado desempenhos no mercado norte-americano melhores do que o do Brasil nos últimos dois anos. Como pensar, nesse contexto, que podemos agir neste ou naquele sentido em relação aos preços ? Mesmo considerando o mercado europeu (basicamente Alemanha, Reino Unido e Espanha), a importância relativa do mel brasileiro é pequena, excetuando-se nichos específicos cujos mercados ainda são incipientes como o segmento de mel orgânico por exemplo.

Na verdade, os preços internacionais do mel são formados pela clássica dinâmica das forças de oferta e demanda, considerando-se um número pequeno de grandes compradores nos EUA, Alemanha, Reino Unido e Espanha que estabelecem seus target prices a cada semana ou mês. Não existe, como alguns crêem, uma conspiração internacional ou qualquer coordenação de ações entre os grandes compradores com o objetivo de manipular preços. Se fosse assim o mercado operaria num cenário de relativa estabilidade com preços flutuando em níveis adequados ao apetite dos grandes compradores. Ao contrário, a realidade é que o mercado internacional de mel é extremamente volátil e suscetível a choques externos geralmente de natureza regulatória ou física como ocorreu em 2006 : o embargo europeu ao mel brasileiro, a quebra da safra chinesa e a revisão da política de recolhimento dos impostos anti-dumping nos EUA.

Os grandes compradores sofrem a pressão competitiva em seus respectivos mercados - por exemplo a recente e anunciada redução de preços de varejo do mel na Alemanha pela rede Audi - e repassam essa pressão para seus fornecedores em todo o mundo. Esta pressão competitiva pode tanto reduzir os preços como aumentá-los como ocorreu de forma aguda em 2002 quando o mel chinês foi banido do mercado europeu.

Cada fornecedor, isoladamente, trabalha com uma perspectiva de mercado formada a partir de suas interações com outros agentes (clientes, fornecedores, brokers, concorrentes, especialistas, etc) e então define sua conduta e realiza (ou não) contratos para entrega futura aos preços desejados pelos compradores. É óbvio que em situações atípicas as forças podem se inverter em termos de preferência da decisão : quando o mercado operou em alta explosiva durante a crise chinesa, eram os vendedores que escolhiam para quem iriam vender seus méis, mas vale dizer que esta escolha baseava-se muito mais no histórico do relacionamento comercial com cada comprador do que em um diferencial de preço pois mesmo naquele cenário especulativo os preços convergiam para um mesmo nível nos EUA e na UE.

Vale notar que há nuances nas negociações que nem sempre são claramente entendidas mas que no fundo corroboram esta tese. Por exemplo, é sabido que o mercado europeu tem conseguido pagar um prêmio em relação aos concorrentes norte-americanos devido à persistente valorização do euro frente a dólar nos últimos anos. Ao mesmo tempo sabe-se que os europeus são muito exigentes em relação ao teor de HMF dos méis e que nos EUA tal especificação geralmente nem consta dos contratos. O maior risco de ter que aceitar descontos e multas contratuais devido à discrepância entre o teor de HMF contratado e o efetivamente recebido pelo comprador europeu, compensa o menor preço em dólar geralmente pago pelos compradores norte-americanos, fazendo com que o preço técnico do mel convirja para um mesmo nível entre os dois blocos. Vale lembrar que o teor de HMF é suscetível à temperatura ambiente e que mesmo tendo sido exportado um produto totalmente dentro das especificações contratuais ele pode subir durante o trânsito até o destino, o que levou alguns exportadores brasileiros à situação extrema de utilizarem contêineres refrigerados para o embarque de méis para a Alemanha em 2005 e 2006. Não é o caso do Brasil, mas em países aonde há presença de resíduos de antibióticos nos méis, prevalece o mesmo raciocínio pois as faixas de tolerância e abrangência de restrições são muito maiores na U.E do que nos EUA.

O mercado internacional de mel é portanto um sistema cujos participantes têm estratégias não cooperativas e cujo número de compradores é pequeno e o número de vendedores, grande. Pode-se estimar que apenas 20 empresas sejam responsáveis por quase 80% das compras de mel nos dois principais mercados (EUA e UE). Por isso podemos dizer que o mercado internacional de mel é na verdade um oligopsônio. A tendência é que, ao longo do tempo, o número de compradores se reduza através de fusões e incorporações e que o número de vendedores se amplie devido à profusão da atividade apícola como alternativa de geração de renda sustentável nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Há duas grandes chaves para um melhor entendimento do mecanismo de formação de preços do mel no mercado internacional : o pequeno número de formadores primários de preços e a defasagem temporal que existe entre a contratação dos embarques e a efetiva compra, processamento e entrega do produto.

Tanto nos EUA como na Europa a maior parte do mel comercializado a cada ano é direcionada para as grandes cadeias de supermercado. Como se sabe, em cada país 4 ou 5 grandes grupos de varejo representam 70% ou mais das vendas do mercado. Assim, na verdade tudo começa na mesa de compras de 4 ou 5 empresas que concorrem entre si. Esses poucos grupos varejistas compram dos envasadores (packers). Nos EUA por exemplo, há apenas cerca de 20 packers importantes que concorrem entre si mas que devem operar com margens e custos compatíveis com os preços desejados pelas poucas redes de varejo. Esses 20 packers compram mel dos apicultores e cooperativas americanas e também dos poucos importadores atuantes no mercado os quais devem operar com margens e custos compatíveis com os preços desejados pelos packers. Em poucos casos os packers importam diretamente de outros países. Além do varejo há também o mel consumido pela indústria de alimentos, bebidas, tabaco, cosméticos, fitoterápicos, etc. Mas também nesse caso o número de empresas com consumo importante de mel é concentrado em poucas megacorporações. Portanto seja no segmento de varejo seja no industrial o número de formadores primários de preços é pequeno tanto na Europa como nos EUA. Esses formadores primários de preço estabelecem suas políticas e contratos e assim o preço do produto é definido ao longo da cadeia. Como sabemos os preços do mel nos supermercados na Europa e nos EUA é relativamente estável em períodos de até 12 meses. O mesmo ocorre na indústria que contrata os volumes a serem empregados em seus processos produtivos com antecedência e preços geralmente pré-fixados por faixas máximas de variação. Portanto, num horizonte de tempo de, digamos, um ano, o preço do mel do segmento primário (varejo e indústria) é relativamente fixo. Por que então as cotações internacionais do mel são tão voláteis ao longo de um ano ? É a oferta mundial de mel que regulará o processo de altas e baixas das cotações. O consumo mundial de mel é pouco elástico ao preço, o que significa dizer que uma variação no preço do produto não acarreta uma variação proporcional no volume consumido. Por exemplo, uma família americana não dobrará o consumo de mel em um ano caso o preço caia 50%. Da mesma forma, a Nestlé ou a Sara Lee não dobrarão o uso de mel por causa da queda de 50% no preço do mel pois suas fórmulas são constantes para cada linha de produto (que não terão sua procura alterada pela queda do preço de um de seus ingredientes). Simplificando, os packers sabem a cada ano mais ou menos quanto de mel precisarão comprar e processar para entregar para a indústria e para o varejo numa determinada faixa de preços. É para cumprir os contratos com seus clientes que eles (e por conseqüência os importadores) atuarão no mercado e, conforme a disponibilidade de produto (oferta), os preços subirão ou cairão a cada instante do tempo. É o pequeno número de formadores primários de preços nos principais países compradores que explica o porque os preços do mel convergem para o mesmo nível num determinado instante de tempo.

Tanto os packers, como os outros elos da cadeia a partir deles convivem com um grande problema : os méis contratados no mercado primário muitas vezes ainda nem existe ! Ou seja há uma defasagem de tempo entre a contratação do mel e sua efetiva disponibilização para venda e entrega. Ora, todos sabemos que as safras de mel nos vários países produtores dependem de diversos fatores como condições climáticas, pragas e doenças nas colméias, número de apicultores, tecnologia empregada, etc. A cada ano tais variáveis mudam, bem como surgem outras até então desconhecidas. Não raro um exportador de mel tem que negociar um contrato para entrega em 3 ou 4 meses. Como saber se o custo será compatível com o preço de venda já definido ? Como saber se a taxa de câmbio utilizada para o cálculo do custo em dólar será válida para daqui a 3 ou 4 meses ? É impossível saber, e é justamente por isso que a atividade de exportação de mel requer uma gestão baseada na rentabilidade média e não na rentabilidade absoluta. É assim que os packers analisam seus resultados ano a ano : pela média. É possível que haja períodos em que todas as operações sejam lucrativas tanto para os packers como para os demais elos da cadeia, mas essa - infelizmente - não é a regra. Às vezes é necessário entregar uma mercadoria com prejuízo, simplesmente para cumprir um contrato. Esses prejuízos eventuais devem fazer parte do plano tático de qualquer empresa que faça parte dessa cadeia e advém do fato de não sabermos o custo em dólar do produto no futuro com antecedência. É por esta razão que a atividade de exportação de mel é, regra geral, incompatível com uma pequena escala de produção.

O mundo está globalizado e não faz sentido se prever ou estimar preços com base na expectativa de safra de mel em países isolados. O fato de se estimar uma super safra no Brasil por exemplo não terá impacto nas cotações se ao mesmo tempo houver uma quebra de safra na Argentina ou no Vietnam. É a oferta global que conta e é por esta razão que não temos, isoladamente, a capacidade de impactar a curva de preços do mel no mercado internacional.

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Elaborado por John Laurino, john@laurino-lopez.com.br
Dezembro de 2006.

12/23/2006

Pepper Exports - Charts

Unit Adds Pepper to its Portfolio




The food ingredients brokering company Unit Brazil has just added Pepper (black and white) to its portfolio of products. Unit´s goal is to achieve USD 1 million sales in 2007.

Sao Paulo, Brazil, December 23, 2006 --(PR.COM)-- Since 1994, Unit Brazil has been providing services to buyers and sellers of food ingredients, brokering deals of various products such as honey, fruit concentrates, instant coffee and alcoholic beverages in bulk. Unit is headquartered in Sao Paulo, Brazil, with a sales office in Perth-Australia.

As a result of the continuous efforts to improve the company's profile, Unit will be representing a couple of pepper suppliers located in the state of Para, north region of Brazil which responds to more than 80% of the country's exports. Together with Vietnam, Indonesia and India, Brazil is an important source of peppers, exporting about 40,000 tons/year, mostly to the USA, Spain and Germany.

"US market buys average 50,000 tons of black pepper every year, approximately 30% from Brazil," says John Laurino, Unit's founder. "We want to achieve in the first year of the project 3% share of the Brazilian exports to USA what is very realistic considering the very good commercial relationship we already have with important food importers," he adds. Unit's long run goal is to be the most respected Brazilian pepper broker int the US market.

US Imports of HONEY in BULK - October Update